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domingo, 21 de fevereiro de 2016

O Fim do Capuz

Floresta dos Mil Gritos, trigéssima quinta lua.

O Vilarejo era magnífico em todos os sentidos da palavra, uma alegria se abatia pelas terras e todo o momento parecia ser uma infinita alegria, isso até os caçadores chegarem. Isso foi há um tempo atrás mas a memória ainda está fresca, eu tinha apenas nove anos quando os caçadores chegaram as nove terras, trazendo suas armas de pratas e estórias de guerras, obviamente fiquei impressionado e empolgado com a presença deles.
O vilarejo os acolheu, porém com um tempo eles viraram nossos protetores, e depois ditadores. Tinhamos horários para dormir, acordar e trabalhar. Eles afirmavam que era tudo para segurança, obviamente temiamos as feres que lá fora espreitavam, mas odiavamos ter que viver sob os padrões impostos.
Com o tempo os capuzes foram sendo reduzidos, e alistamentos foram sendo criados. Com doze comecei meu treinamento, deixando a humildade de lado eu era realmente bom. O Triste era saber que eu teria de deixar tudo para trás em nome do grupo, familia, amigos, minha vida tudo cairia no esquecimento a partir do momento em que eu recebese meu capuz; passei seis anos em um treinamento intenssivo para que me aceitassem, não demorou muito para que notassem meu talento, fui o membro mas jovem a ser aceito dentro do clã, meu mentor era Hérlion Denos,  o homem mais corajoso que conheci, foi como o pai que nunca tive.
Minha primeira missão foi de extrema valentia e facilidade, voltei com a carcaça de um Harakka em meus ombros, criaturas imundas, naquela época o nojo por elas eram mínimos se comparados com oquê sinto agora. Pois bem, o tempo se passou até que uma missão divertida aparecesse, mas quando essa noite chegou ... Eu nunca me senti mais vivo, Felix Vegeto(um velho druida, aliado do clã do capuz) nos passou uma informação sobre um dos muitos covís dos licantropos, foi quando invadimos e fizemos uma "limpeza" no local, não deixamos ninguém vivo. Naquela mesma semana fizemos um festival comemorando a passagem para estação das neves, porém não sabiamos que teriamos convidados. Os filhos das putas apareceram em grande número, nos pegaram desavisados, fiquei apavorado adimito... Não exitei em sair correndo do local assim que ví meus amigo sendo dilacerados.
Já estava longe  quando vi o incêndio tomar conta de todo o vilarejo, a terra em que eu nasci agora sucumbia as chamas. Após esse evento passei algumas semanas vagando pelas redondezas do pico gumas. Até tomar coragem para voltar ao vilarejo, quizerá eu não ter encontrado essa coragem, as imagens de quando eu voltei assombram meus pessadelos até hoje.
O Cenário que antes era alegre agora é triste, cinza e sem vida, o pior de tudo é que todos aqueles que eu amava agora são azumbizados sem cérebros que vagam pelas terras tendo ódio de tudo aquilo que tem vida, para sobreviver tive que atirar uma flecha entre os olhos de meu ex-mentor.
Não poderia ficar desse jeito, não mesmo. Me armei de flechas de pratas, de um arco e de uma antiga poção que encontrei perdida. Com toda a raiva que tinha parti para a floresta de mil gritos, ia matar cada Harakka que eu achasse pelo caminho e faria questão que eles soubessem quem está fazendo isso... Agora estou na trilha de três Harakkas que devem me levar ao seu covíl assim espero, se eu não sobreviver essa carta deverá ficar com meus relatos e fatos da minha vida.
 Ass: Arthon, o último capuz.

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